Responsável pela Vigilância Epidemiológica
da Sesap admite risco de vírus ter se espalhado pelo estado
Os dois casos de dengue 4, confirmados na última sexta-feira pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), podem não ser os primeiros desse tipo no Estado. Segundo a subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da secretaria, Juliana Araújo, as ocorrências desse tipo da doença envolvendo mãe e filha na cidade de Santa Cruz (a 119 quilômetros de Natal), precisam de investigação. "Ainda estamos investigando esses dois casos. Não há ainda como precisar que tenham sido os primeiros", afirma ela.
Devido à incerteza da ocorrência ser a primeira e pelos casos terem sido registrados ainda no mês de maio, a secretaria ainda não tem como saber se o novo tipo de vírus já está espalhado pelo Rio Grande do Norte. "A cidade não tem barreira geográfica que possa impedir a saída do vírus ou até mesmo a saída de pessoas. O vírus pode sim já estar circulando pelo Estado", disse Juliana Araújo.
![]() Juliana Araújo ressalta que ocorrências confirmadas agora são de maio Foto: Eduardo Maia/DN/D.A Press |
A Sesap realizou o bloqueio epidemiológico do local onde mãe e filha moram, no centro de Santa Cruz, além de ter medicado e isolado as duas pessoas, que não chegaram a entrar em estado grave. Entre as ações já realizadas no local, a secretaria estadual, em parceria com a prefeitura local, estão a aplicação de veneno em um raio de 150 metros da área infectada e a presença de carros-fumacê pela região, entre outras medidas.
A cidade de Santa Cruz é a quarta colocada no RN emquantidade de notificações de casos de dengue (535), atrás de Natal, Parnamirim e Mossoró, segundo o último boletim epidemiológico da Sesap. A suspeita da secretaria é que o vírus tenha chegado à cidade através de uma romaria à Santa Rita de Cásia ocorrida na cidade, no mês de maio. "Apesar do isolamento que temos feito desde os primeiros casos do tipo 4 detectados em Pernambuco e no Ceará, o vírus chegou. Hoje, Santa Cruz é uma cidade turística que recebe muitas pessoas, como no mês de maio", explicou Juliana Araújo, subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesap.
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