Manifestantes vêem "golpe" na extinção da Comissão que investigaria aluguéis da Prefeitura de Natal
Allan Darlyson // allandarlyson.rn@dabr.com.br
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Os manifestantes do movimento "Fora Micarla" decidiram, em assembleia, ontem, continuar acampados no pátio da Câmara Municipal de Natal (CMN). A decisão do presidente da Casa, Edivan Martins (PV), de ordenar a retirada do manifesto do local até às 16h não foi atendida pelos integrantes do protesto, que conseguiram, no final da tarde, habeas corpus para continuar no local. Eles disseram que Edivan "deu um golpe" ao extinguir a Comissão Especial de Inquérito (CEI) dos Aluguéis e exigir a saída deles do pátio da Câmara.
Após o horário determinado por Edivan, os manifestantes receberam apoios de vários setores da sociedade. Os vereadores Júlio Protásio (PSB), Júlia Arruda (PSB), Sargento Regina (PDT), Luís Carlos (PMDB), George Câmara (PCdoB) e Raniere Barbosa (PRB) dialogaram com o movimento. Regina destacou que ficará ao lado da manifestação em qualquer circunstância. Júlio Protásio disse que o acampamento atrapalha o funcionamento da Casa, mas se posicionou contra adesocupação.
Ao solicitar aos manifestantes que deixem o prédio da Casa, Edivan Martins argumentou que "o movimento instalado no Pátio do Palácio Padre Miguelinho, sede do Poder Legislativo Municipal, contando com dezenas de manifestantes, barracas e equipamentos de som, está impedindo o regular desenvolvimento das atividades legislativas e administrativas da Casa Legislativa". No comunicado, o presidente da Casa também ressaltou que reconhece a legitimidade do movimento e manteve diálogo com os manifestantes, mas "há a necessidade de manter a ordem interna na sede do legislativo, para que assim seja possível a execução das suas funções institucionais". Edivan ponderou que a ocupação tem afetado o exercício das atividades da Casa.
Durante a ocupação dos manifestantes, que começou na última terça-feira, a maioria dos parlamentares da base da prefeita Micarla de Sousa (PV) não compareceu às sessões. Com isso, a oposição conseguiu obstruir quatro sessões consecutivas. Os vereadores micarlistas aguardam a saída dos manifestantes para voltarem ao plenário. A expectativa do presidente é para que a Casa volte às atividades na próxima terça-feira. O movimento não deu previsão para deixar o local.
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