 Ex-atleta trabalha atualmente com Baíca no centro de treinamento de Arez Foto: Eduardo Maia/DN/D.A Press |
Continuando
a série de gols perdidos e levados no Machadão, o quadro Memória
Esportiva, de O Poti, conta hoje a história de um tento não marcado que
impediu o ABC de levar o título de Campeão Potiguar de 1992. Foi em um
jogo emocionante, com renda recorde de mais de 99 milhões de cruzeiros,
"nervoso, como não poderia deixar de ser", como trazia o relato da
partida na edição de 18 e dezembro de 1992 do Diário de Natal. A
vantagem era do América, que precisava apenas de um empate para garantir
o bicampeonato. Sendo assim, cabia ao ABC ir para cima e buscar o
resultado, tanto que Joãozinho, "o danadinho", abriu o placar para o
Alvinegro ainda no primeiro tempo. Quando a torcida começava a fazer
festa veio o balde de água fria, ou melhor, o gol de empate americano,
marcado por Joelson, resultado que garantia mais um título ao time
rubro. O primeiro tempo acabou assim, em 1 a 1. No segundo, o jogo ficou
morno e parecia que o placar não mais mudaria. A torcida alvinegra,
porém, teve a impressão de que o time novamente entraria em vantagem,
afinal, Antônio, Simão dos Santos, o Toinho, hoje com 42 anos, entrou no
lugar de Alves no meio de campo e teve a chance de mudar a história
daquele jogo. Ficou apenas na chance. "Eu entrei de cara, eu e o goleiro
(Eugênio), e dei no canto, mas a bola não entrou. Fui eu quem perdi
aquele gol que deu o título ao América", lembra, assim como toda a
torcida do ABC presente ao Machadão naquele dia.
Quase 20 anos
depois Toinho ainda lembra bem daquele jogo. Também não havia como
esquecer, afinal, hoje ele trabalha junto com um ex-adversário da época,
Baíca, que fazia parte do elenco americano em 1992. O ex-atacante é
mais um que não conseguiu se desligar totalmente do futebol. Hoje ele
tem um campo de treinamento no município de Arez e faz parte do Projeto É
gol, mantido por um grupo de empresários naquela cidade, que tem o
objetivo de revelar atletas e encaminhá-los ao exterior. Além de ensinar
nos campos, Toinho também dedicou alguns anos de sua vida depois que
parou de jogar a ser professor de sala de aula. Ele se formou em
pedagogia e encabeçou um projeto de alfabetização de crianças do ensino
fundamental junto a Prefeitura Municipal de Arez, dando aulas nas
escolas da cidade.
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