Cirurgiões buscam respostas para óbitos nas duas lipoaspirações
Jussara Correia // jussaracorreia.rn@dabr.com.br
Jussara Correia // jussaracorreia.rn@dabr.com.br
As mortes de duas mulheres no decorrer de cirurgias de lipoaspiração - uma delas na semana passada -, deixou a classe médica do Rio Grande do Norte preocupada. Diante dos incidentes, os cirurgiões do estado se reuniram, no último sábado, para analisar as possíveis causas das mortes. Segundo o cirurgião Marco Almeida, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, um novo encontro deverá acontecer hoje, desta vez com a participação dos anestesistas. O objetivo é levantar os detalhes sobre as cirurgias que resultaram nas mortes, as condições hospitalares, o fornecimento e a qualificação dos medicamentos usados nos procedimentos.
![]() Marco Almeida é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Foto: Joana Lima/DN/D.A Press |
Nos dois casos, observa-se que as pacientes são cabeleireiras e há uma hipótese de que as duas podem ter sofrido um choque anafilático em virtude de uma reação alérgica ao látex - elemento contido em materiais hospitalares que pode ter reagido aos produtos químicos utilizados pelas pacientes nos salões. "Mas isso são especulações. Não temos como provar. Elas fazem parte de um grupo de risco, mas é preciso estudar com calma. Vamos analisar a estrutura hospitalar e as drogas usadas nos procedimentos. Em 25 anos de profissão nunca presenciei pessoas terem choques anafiláticos, mas causam quedas bruscas de pressão e parada cardíaca. São reações graves que nem sempre respondem aos medicamentos", explicou o cirurgião.
Marco Almeida destaca que a classe médica está mobilizada para esclarecer os casos e tranquilizar a população. "Nenhum procedimento é isento de riscos. Essa cirurgia é feita diariamente, em várias clínicas. Esses dois casos foram fatalidades", disse o cirurgião.
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