quarta-feira, 22 de junho de 2011

Presos aproveitam festa para fugir de delegacia


Ao todo, 15 detentos escaparam da unidade policial de Cidade da Esperança e nenhum foi recapturado
Paulo Nascimento // paulonascimento.rn@dabr.com.br
Especial para o Diário de Natal



Aestrutura carcerária do Rio Grande do Norte deu mais uma prova de sua fragilidade na noite de segunda-feira. Enquanto uma festa acontecia em frente à Delegacia de Plantão da Zona Sul, na avenida Paraíba, em Cidade da Esperança, 15 presos escapavam da carceragem do lugar. Os fugitivos conseguiram quebrar uma das barras da cela, tirar o portão da garagem dos trilhos e pular o muro antes de serem percebidos.


Segundo Alexandre Pereira, até agora não existem indícios de irregularidades Foto :Paulo Nascimento/DN/D.A Press
Segundo o delegado Pedro Paulo Falcão, foram pessoas que estavam na festa que avisaram aos policiais que viram os detentos pulando o muro da delegacia para a rua. "Nós não percebemos a fuga até que alguns transeuntes nos avisaram. O barulho estava muito alto devido à festa, não dava de forma alguma para perceber", explicou o delegado. Até agora, nenhum fugitivo foi recapturado.

No momento da fuga, a cela da Plantão Zona Sul contava, em suas dependências de três metros de largura por três metros de comprimento, com 37 presos, além de mais três algemados a motocicletas na garagem da unidade policial. Para evitar mais fugas, um agente da Polícia Civil passou todo o resto da noite de segunda e a manhã de ontem de guarda em frente à cela, armado com uma submetralhadora.

Na tentativa de desafogar a cela superlotada, cinco presos foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória (CDP) do conjunto Pirangi, deixando-se "apenas" 20 detentos na cela disponível na Delegacia de Plantão da Zona Sul. Entre os transferidos estava o paraplégico Eduardo Bastos, preso devido a um mandado de prisão por assalto. Eduardo, que ficou paraplégico devido a um tiro na coluna, dormiu no chão da cela entre segunda e terça-feira, enquanto aguardava a chegada de sua cadeira e a transferência para um presídio.

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