quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Servidores federais protestam contra o congelamento dos salários

No RN, movimento abrange os servidores técnico-administrativos da UFRN e Ufersa. Projeto de Lei nº 549, de 2009, congela os salários por dez anos.

Por Carla Cruz
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Foto: Carla Cruz
Cerca de 100 servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) participaram de uma assembleia, realizada na manhã desta quinta-feira (3), no prédio da Reitoria. As reivindicações fazem parte de uma pauta nacional da categoria e tem como pontos principais o congelamento dos salários dos funcionários e a privatização dos hospitais universitários.

O dia de protestos começou com um ato público, que reuniu os funcionários em frente ao Hospital Universitário Onofre Lopes, por volta das 6h30 da manhã. Simultaneamente, os servidores da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) realizaram uma assembleia-ato com a presença de parte do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior (Sintest), em Mossoró.

Segundo a coordenadora geral do Sintest, Vânia Machado, os servidores farão uma paralisação de advertência durante esta quinta-feira (3). “Até agora, não está previsto nenhum aumento para os servidores federais em educação para este ano. Nós estamos contestando o Projeto de Lei Complementar de número 549, de 2009, que congela o salário de todos os servidores federais por dez anos. Isso é um absurdo”, destacou a sindicalista em entrevista ao portal Nominuto.com.
Foto:Carla Cruz

A paralisação de hoje é apenas o primeiro momento de um calendário de movimentações que a categoria está organizando. Nos próximos dias 16 e 17, os servidores estarão reunidos em Brasília, onde participam de uma Marcha Nacional e realizam um seminário sobre a situação dos aposentados.

Além da questão salarial, um outro ponto que tem causado indignação entre os servidores é a Medida Provisória n° 520. Assinada pelo ex-presidente Lula, em seu último dia no governo, a MP criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.

“A categoria recebeu a notícia como uma afronta aos hospitais universitários e a toda sociedade. Esta é uma entidade privada e de sociedade anônima. Dizemos não à privatização dos hospitais universitários”, pontuou Vânia Machado.

Os servidores alegam que, se a MP por referendada no Congresso Nacional, a Empresa receberá, por cessão, toda a estrutura patrimonial e pessoal dos hospitais universitários e, nesse caso, o futuro da categoria é incerto.

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