Por Shinichi Saoshiro e Yoko Nishikawa
TÓQUIO (Reuters) - Engenheiros japoneses conseguiram neste sábado
(horário local) conectar os cabos de energia à usina nuclear atingida
pelo terremoto e o tsunami da semana passada, numa corrida para tentar
conter o vazamento radioativo que agora já é considerado no mínimo tão
grave quanto o de 1979 na ilha de Three Mile, nos EUA.
Apesar de ainda não ser possível determinar se isso será o
suficiente para reiniciar o bombeamento de água necessário para resfriar
os superaquecidos bastões de combustível nuclear, a ligação de energia
foi ao menos mais um passo adiante na usina de Fukushima, 240
quilômetros ao norte de Tóquio.
Quase 300 engenheiros que trabalham dentro do raio de 20
quilômetros que foi isolado pelas autoridades devido à radiação estavam
focados em conseguir religar a energia das bombas de água em quatro dos
seis reatores.
"A Tepco (operadora da usina) conectou a linha de transmissão
externa com o ponto de recepção da usina e confirmou que a eletricidade
foi restabelecida", informou a empresa em comunicado.
O próximo passo será verificar se o equipamento está funcionando e
não foi danificado, antes de iniciar o resfriamento do reator número 2,
seguido pelos 1, 3 e 4, acrescentou.
Se isso funcionar, será um ponto de virada.
"Se eles conseguirem ligar as bombas e puderem começar a jogar
água sem provocar nenhuma falha, devem conseguir controlar a usina nos
próximos dias", disse o pesquisador Laurence Williams, da Universidade
Central Lancashire, na Grã-Bretanha.
O fato de terem religado a energia, no entanto, não exclui outras
opções para a usina nuclear, incluindo enterrá-la debaixo de areia e
concreto -- mesmo método empregado em Chernobyl em 1986 para selar
vazamentos enormes.
Continuação...
sábado, 19 de março de 2011
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