terça-feira, 15 de março de 2011

Em Tóquio, habitantes estocam alimentos pensando numa eventual piora da crise

Em estado de alerta, Capital vive um estranho clima de calma

Uma calmaria estranha reina em Tóquio, onde os transportes e os escritórios funcionam de forma mais lenta e os habitantes, que estão preocupados, mas não em pânico, estocam alimentos pensando numa eventual piora da crise. Como todo mundo, Mariko Kawase está de olho nas informações desde sexta-feira.

— Acompanho a evolução da situação com muita atenção — explicou a dona de casa de 34 anos.

Mariko, no entanto, parou de assistir à televisão, que transmite sem interrupção imagens do desastre e da usina nuclear acidentada de Fukushima, e passou a fazer mais compras.

— Compro bebidas, arroz, salgadinhos e carne para estocar. Talvez não seja possível sair de casa em caso de contaminação radioativa — informou a jovem mulher.

Mariko não é a única a tomar essas precauções. As prateleiras da maioria dos mercados do centro estão vazias, um espetáculo estranho e inédito em uma cidade extremamente próspera, onde é normal conseguir comprar qualquer coisa a qualquer hora do dia.

Mas o medo tomou conta dos habitantes de Tóquio desde sexta-feira, quando em plena tarde ocorreu o abalo de magnitude 9, o terremoto mais forte já registrado no Japão, fazendo muitas casas e prédios balançarem.

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