Em estado de alerta, Capital vive um estranho clima de calma
Uma calmaria estranha reina em Tóquio, onde os transportes e os escritórios funcionam de forma mais lenta e os habitantes, que estão preocupados, mas não em pânico, estocam alimentos pensando numa eventual piora da crise. Como todo mundo, Mariko Kawase está de olho nas informações desde sexta-feira.— Acompanho a evolução da situação com muita atenção — explicou a dona de casa de 34 anos.
Mariko, no entanto, parou de assistir à televisão, que transmite sem interrupção imagens do desastre e da usina nuclear acidentada de Fukushima, e passou a fazer mais compras.
— Compro bebidas, arroz, salgadinhos e carne para estocar. Talvez não seja possível sair de casa em caso de contaminação radioativa — informou a jovem mulher.
Mariko não é a única a tomar essas precauções. As prateleiras da maioria dos mercados do centro estão vazias, um espetáculo estranho e inédito em uma cidade extremamente próspera, onde é normal conseguir comprar qualquer coisa a qualquer hora do dia.
Mas o medo tomou conta dos habitantes de Tóquio desde sexta-feira, quando em plena tarde ocorreu o abalo de magnitude 9, o terremoto mais forte já registrado no Japão, fazendo muitas casas e prédios balançarem.
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