quarta-feira, 16 de março de 2011

Deputados constatam problemas no Hospital Infantil, em Florianópolis

Joana de Gusmão sofre com faltam de pessoal e superlotação da UTI

Gabriela RovaiCrianças entubadas, vestindo camisolas de bichinhos espreitavam pelos vidros dos leitos do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis a comitiva com integrantes da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, que vistoriou nesta quarta-feira o local. Na visita guiada, o diretor geral do Infantil, Maurício Laerte Silva, mostrou leitos ociosos por falta de enfermeiros e médicos, como a UTI neonatal com capacidade para dez leitos e ocupação de cinco, UTI pediátrica superlotada que causa a remarcação de cirurgias porque as crianças necessitam ficar na unidade depois de operadas, falta de consultórios, entre outros problemas.

— Temos muitas especialidades, mas apenas 16 consultórios. São 3,5 mil crianças esperando consulta nessa área. Das 400 cirurgias necessárias, cem são realizadas por mês — informou o diretor.

Ele disse que pacientes que ultrapassam a idade são atendidos para que não acabem entrando em outra fila.

— Precisamos urgente também de um abrigo para resíduos. Não estamos cumprindo regras ambientais rigorosas, porque não temos para onde destinar os resíduos apropriadamente — observou o diretor, que elogiou o trabalho dos voluntários do hospital.

Silva informou que faltam 11 médicos na emergência, 50 técnicos de enfermagem, sete enfermeiros, ortopedistas pediátricos, um cirurgião cardíaco, um neonatologista, e um hematologista.

— Diversas solicitações foram feitas à Secretaria Estadual de Saúde (SES) — disse o diretor.

A SES informou que novas contratações estão previstas para abril. De acordo com a comissão, o resultado do raio-x dos hospitais será encaminhado aos órgãos competentes para que tomem providências. Não há prazo de conclusão do diagnóstico.

Audiências públicas para debater os problemas da Saúde no Estado estão marcadas. A próxima será no dia 30 de março, em Criciúma, na região Sul.

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