Joana de Gusmão sofre com faltam de pessoal e superlotação da UTI
Gabriela RovaiCrianças entubadas, vestindo camisolas de bichinhos espreitavam pelos vidros dos leitos do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis a comitiva com integrantes da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, que vistoriou nesta quarta-feira o local. Na visita guiada, o diretor geral do Infantil, Maurício Laerte Silva, mostrou leitos ociosos por falta de enfermeiros e médicos, como a UTI neonatal com capacidade para dez leitos e ocupação de cinco, UTI pediátrica superlotada que causa a remarcação de cirurgias porque as crianças necessitam ficar na unidade depois de operadas, falta de consultórios, entre outros problemas.— Temos muitas especialidades, mas apenas 16 consultórios. São 3,5 mil crianças esperando consulta nessa área. Das 400 cirurgias necessárias, cem são realizadas por mês — informou o diretor.
Ele disse que pacientes que ultrapassam a idade são atendidos para que não acabem entrando em outra fila.
— Precisamos urgente também de um abrigo para resíduos. Não estamos cumprindo regras ambientais rigorosas, porque não temos para onde destinar os resíduos apropriadamente — observou o diretor, que elogiou o trabalho dos voluntários do hospital.
Silva informou que faltam 11 médicos na emergência, 50 técnicos de enfermagem, sete enfermeiros, ortopedistas pediátricos, um cirurgião cardíaco, um neonatologista, e um hematologista.
— Diversas solicitações foram feitas à Secretaria Estadual de Saúde (SES) — disse o diretor.
A SES informou que novas contratações estão previstas para abril. De acordo com a comissão, o resultado do raio-x dos hospitais será encaminhado aos órgãos competentes para que tomem providências. Não há prazo de conclusão do diagnóstico.
Audiências públicas para debater os problemas da Saúde no Estado estão marcadas. A próxima será no dia 30 de março, em Criciúma, na região Sul.
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