quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Poda pode reduzir cajueiro de Pirangi em mais de 100m²


O Ministério Público produzirá parecer sobre a questão. Para o Idema, o corte não deve ser realizado em janeiro
Lamonier Araújo // lamonieraraujo.rn@dabr.com.br //Especial para o Diário de Natal

O maior cajueiro do mundo pode ficar 126 m² menor, caso essa seja a decisão tomada pelo poder público. Segundo o o diretor técnico do Idema, Leonardo Tinôco, de acordo com o ponto de vista técnico é inviável a poda da árvore nesse mês de janeiro, uma vez que o cajueiro se encontra em processo de floração e a poda pode provocar o surgimento de fungos afetando a saúde da planta.

Em meio às discussões em torno da poda ou não da árvore, o crescimento dos galhos sobre as vias de acesso seguem o mesmo ritmo das discussões em torno da melhor decisão a ser tomada, levando em consideração os interesses públicos e privados em torno do local.

O Ministério Público Estadual (MPE) informou que só a partir de sexta-feira é que a instituição vai dar um parecer sobre as ações que deveram ser tomadas sobre do cajueiro, uma vez que o promotor responsável pelo caso encontra-se em recesso. Há 15 dias, o MPE participou de uma reunião com as principais autoridades envolvidas no caso e solicitou ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema) um laudo da atual situação do cajueiro.

Responsável pela elaboração do laudo, o diretor técnico do Idema, Leonardo Tinôco, informou que o papel da instituição nesse processo é apenas de prestar o suporte para a realização do levantamento técnico, porém caberá a prefeitura de Parnamirim tomar a decisão da poda ou não do cajueiro de Pirangi.

Caso a prefeitura escolha realizar a poda, o mais indicado seria realizar o serviço exclusivamente no trecho Pirangi-Natal, além de ser realizado um novo traçado da via no sentido contrário ampliando a largura da pista e elevando os quiosques que já existem, favorecendo o crescimento do cajueiro. Leonardo Tinôco também explicou que a poda representará uma retirada de 1,5% da área total da copa do cajueiro, o que corresponde a 126 m² de 8.400 m² de área total da copa.

Em relação, ao fato do cajueiro não crescer para a área dos quiosques, ele explicou quepode ser indicativo de podas que já estejam sendo realizadas no local. "Se você vir um jabuti em cima de uma árvore, ou foi enchente ou mão de gente. Pois com certeza, ele não vai sobir na árvore sozinho", brincou o diretor técnico.

Até o momento, a prefeitura de Parnamirim informou que não será realizada a poda do cajueiro até que seja feito um parecer técnico, uma vez que existe uma ação na justiça que impede o serviço no local. Esse serviço deverá ser realizado por uma empresa privada, após ser levada em consideração o material encaminhando pelo Idema.

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