Aldo Rebelo decidiu disputar vaga de ministro do TCU e ganhou adesão de Henrique Eduardo, que vê seu projeto à presidência da Câmara se consolidar.
Cotado para substituir o atual presidente da Câmara Federal, Marco Maia (PT-RS), o deputado Aldo Rebelo (PCdoB) entrou na disputa pela vaga do ministro Ubiratan Aguiar, no Tribunal de Contas da União (TCU), e ganhou adesão do líder do PMDB na Casa, Henrique Eduardo Alves.
A corrida pela sucessão de Aguiar começou no início desta semana, quando o ministro entrou com pedido de aposentadoria. A deputada Ana Arraes (PSB-PE) era a candidata mais forte, até Aldo Rebelo se decidir pela entrada na disputa.
De acordo com a coluna Pinga Fogo, do Jornal do Commercio, o PMDB trabalhará pela derrota de Ana Arraes. Ao Nominuto, fonte ligada ao deputado informou o contrário, que uma ala peemedebista se mostra insatisfeita porque Henrique Eduardo se mostra mais propenso a apoiar a pessebista.
Não é a primeira vez que Aldo tenta chegar ao TCU. A vaga de ministro, inclusive, chegou a ser moeda de troca no caso da CPI que investigaria o Ministério dos Transportes. Deputados baianos, que querem apoio para o Sérgio Cabral (PT) substituir Ubiratan, ameaçaram assinar o pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito.
Na segunda-feira (8), Henrique Eduardo Alves almoça com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), filho de Ana Arraes. A deputada não comentou as informações de que sua candidatura estaria ameaçada.
Aldo Rebelo se mostra decidido. Ontem, quando o ministro da Defesa Nelson Jobim foi afastado, ele foi sondado junto às Forças Armadas para ocupar a vacância, preenchida provisoriamente por Celso Amorim. A Força rechaçou a ideia por sua filiação ao PCdoB, e de todo modo ele não aceitaria.
A reportagem do Nominuto entrou em contato com a assessoria do deputado Henrique Eduardo Alves para repercutir o assunto e aguarda retorno.
O motivo pela disputa acirrada ao TCU não é mistério: o salário mensal é de R$ 25 mil; a aposentadoria é compulsória aos 70 anos, e o salário integral passa a ser o subsídio do ex-ministro aposentado. Além disso, há carro oficial e cota de passagens aéreas na faixa dos R$ 50
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