O anúncio foi feito durante a
audiência pública sobre a Síndrome de Down, realizada no auditório da
Assembleia, e contou com a presença de pessoas e organizações comprometidas com
a causa. A desembargadora aposentada Margarida Seabra, uma das fundadoras da
Associação da Síndrome de Down, e relatou a história de luta de 30 anos em prol
dos direitos das pessoas com Síndrome de Down. “Todas as conquistas destes anos
de luta podem ir num passe de mágica. Por isso é importante atitudes como esta
da Assembleia. A discriminação ainda continua aí, e temos que ficar
vigilantes”, afirmou Margarida Seabra.
O secretário Estadual de Saúde e
pai de uma jovem com Síndrome de Down, Domício Arruda, relatou as dificuldades,
há quase três décadas, de pais na hora de estimular os filhos ainda bebê.
“Quando começamos a luta não existia fonoaudiólogo em Natal na época. Olívia
tem 30 anos hoje, e acho que ela é feliz. E é isso que buscamos”, disse.
Domício prometeu interiorizar o Centro de Reabilitação Infantil (CRI),
referência no atendimento às crianças com deficiências de todos os tipos. A promotora
do Direito das Pessoas com Deficiência, Rebeca Nunes, também esteve presente e
defendeu a inclusão de pessoas com Síndrome de Down na rede regular de ensino. “As
crianças, seja qual for a deficiência, ou Down, vai para lá para aprender, e
não vai só para se socializar”.
Durante a audiência, jovens com
Síndrome de Down relataram os desafios e conquistas pessoais. O jovem Fábio
Azevedo da Costa emocionou a todos ao falar sobre situações de preconceito e
discriminação, e explicar o modo como se impõe para ser respeitado. “Alguns
dizem olha o doido. Mas Síndrome de Down não é ser doido”, falou Fábio. A Apae
de Parnamirim, associação da qual Fábio faz parte, solicitou à Assembleia
Legislativa o apoio para colocar em prática um projeto de inclusão digital. O
presidente Ricardo Motta prometeu estudar a forma legal de viabilizar a
parceria.
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