MP investiga atraso para contratação de concursados da polícia

Um grupo de 509 agentes, escrivães e delegados espera ser chamado para vagas na Polícia Civil
Paulo de Sousa // jpaulosousa.rn@dabr.com.br

O promotor de controle externo da Polícia, Wendell Beetoven Ribeiro Agra, instaurou um inquérito civil contra o Estado para apurar o atraso na nomeação dos 509 aprovados no concurso da Polícia Civil. Segundo portaria publicada ontem no Diário Oficial do Estado (DOE), ele afirma que a convocação dos concursados está autorizada pelo antigo governador, Iberê Ferreira de Souza, desde o dia 29 de dezembro passado. Por sua vez, o secretário estadual de Administração, Manoel Pereira, alega que a providência ainda não foi tomada porque o Estado está no limite prudencial em sua folha de pagamento.

Manoel Pereira justifica demora alegando que Estado atingiu limite prudencial. Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press.

Na portaria em que instaura o inquérito, Wendell Beetoven oficializa a governadora do Estado, Rosalba Ciarlini, e o secretário de administração, requisitando explicações sobre o motivo do atraso, apesar da autorização dada pelo governo anterior. Ele solicita que essas explicações sejam enviadas em um prazo de 10 dias úteis. O documento cita ainda que, em 19 de novembro do ano passado, o resultado final do curso de formação dos candidatos foi homologado e o resultado final do concurso foi divulgado no DOE em 15 de dezembro de 2010.

Manoel Pereira justifica o atraso na nomeação dos aprovados dizendo que o Estado ainda encontra-se no limite prudencial. "Ainda estamos tomando providências para pagar, por exemplo, profissionais da saúde que estão trabalhando desde setembro sem receber. Temos que resolver cada assunto por vez". Segundo o secretário, não há uma previsão para a convocação desses concursados. "É um assunto que tem que ser discutido ainda com outras partes do governo, com o Gabinete Civil, Secretaria de Segurança, não pode ser somente uma ação da secretaria de administração".

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