As obras do Centro de Convivência Ambiental em Natal estão paradas. O Ecocentro, como é chamado, já custou mais de R$ 5 milhões aos cofres públicos e a previsão de ser finalizado ainda este ano não será cumprida. A TRIBUNA DO NORTE esteve no local abandonado, com o canteiro de obras vazio, sem segurança e constatou o atraso no andamento da construção. O espaço que servirá para gerir a reserva ambiental do Rio Grande do Norte, agora cria larvas do mosquito da dengue na lagoa existente no centro de umas das estruturas inacabadas.
fotos: ana silva
O espaço ocupa uma área de 4,6 hectares, na avenida Alexandrino de Alencar, próximo ao Ibama, mas as obras encontram-se paradas e a conclusão deve atrasar

No dia 30 de julho deste ano, o site oficial do Governo do Estado do Rio Grande do Norte noticiava: “A unidade de preservação e conservação ambiental está com 70% das obras prontas e a expectativa da direção geral do Idema é que dentro de cinco meses a população já possa desfrutar do espaço, que abrigará diversas atividades em um ambiente adequado e confortável “.
O prazo estipulado para o projeto executado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), Petrobras (estatal do petróleo que é parceira na obra) e Exército, encerra-se no dia 31 de dezembro e certamente não será cumprido.
Isso porque o que se vê no terreno é muita sujeira e ainda faltam cabos da parte elétrica, além de mobília e toda a estrutura necessária para receber a população. Os pedaços de ferro posicionam-se de maneira incompreensível e o acesso ao local, assim como boa parte do seu entorno, ainda é de barro.
No lugar - situado na Avenida Alexandrino de Alencar, próximo ao Ibama -, ao contrário do esperado, não se encontra pedreiros passando de um lado para o outro e agilizando a finalização do Ecocentro.
O que se vê é abandono do espaço. A obra que, de acordo com a placa informativa na frente do local, já custou R$ 5.102.728,73 cria larvas do mosquito da dengue.
O prazo estipulado para o projeto executado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), Petrobras (estatal do petróleo que é parceira na obra) e Exército, encerra-se no dia 31 de dezembro e certamente não será cumprido.
Isso porque o que se vê no terreno é muita sujeira e ainda faltam cabos da parte elétrica, além de mobília e toda a estrutura necessária para receber a população. Os pedaços de ferro posicionam-se de maneira incompreensível e o acesso ao local, assim como boa parte do seu entorno, ainda é de barro.
No lugar - situado na Avenida Alexandrino de Alencar, próximo ao Ibama -, ao contrário do esperado, não se encontra pedreiros passando de um lado para o outro e agilizando a finalização do Ecocentro.
O que se vê é abandono do espaço. A obra que, de acordo com a placa informativa na frente do local, já custou R$ 5.102.728,73 cria larvas do mosquito da dengue.
Gerência
Ocupando uma área de 4,6 hectares, o Centro de Convivência Ambiental em Natal receberia a parte de gerência ambiental do Governo do Estado, como a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e o Conselho Estadual de Meio Ambiente (Conema).
No mesmo espaço está previsto também a implantação de um Centro de Documentação e Estudos Ambientais, com biblioteca, sala de aula informatizada e salas de reunião para melhor conforto aos usuários do equipamento. Além disso, um espaço multimídia, contendo informações dos ecossistemas do estado, seria disponibilizado. Espaço para lazer com trilhas, borboletário e orquidário fazem parte do projeto do centro.
Conclusão depende de convênio
De acordo com o Idema, que se comunicou através do assessor técnico Fabrício Amorim, a conclusão e a entrega dos espaço dependem de um convênio com a Petrobras. “A empresa está entrando com grande parte dos recursos da obra e nós estamos esperando um novo acordo para a parte final do Ecocentro”, disse o assessor técnico.
Segundo informações do órgão estadual de Meio Ambiente, o convênio está passando por análise na assessoria jurídica da Petrobras. “Assim que liberado o recurso, dou no máximo quatro meses para a conclusão e entrega do local. O que está faltando é o acabamento, como a montagem de condicionadores de ar e a parte de urbanização”, esclareceu Fabrício.
Quanto às constatações da reportagem da TRIBUNA DO NORTE sobre a insegurança e presença de larvas do mosquito da dengue no local, Fabrício jogou a culpa na empresa responsável pela construção. “Até a entrega, quem deve ficar atento quanto a isso é a construtora”.
Contudo, o Idema afirmou já estar providenciando segurança para o local. “Fizemos o requerimento hoje [ontem] para que haja um policiamento 24 horas e possamos acabar com o problema”, disse o assessor do órgão.
A quantidade de recursos estipulada para o término do centro atinge o valor de R$ 3 milhões, assim como informa o site do Governo do Estado.
O engenheiro responsável pela obra, Marcus Antônio Aguiar Filho, da Certa Construtora, ratificou a justificativa do Idema. “Paramos porque os recursos se esgotaram. Estamos aguardando uma nova locação para terminar o que devemos fazer”.
Autor de projeto questiona falta de recursos
A justificativa que atribui a falta de recursos à não conclusão do Econcentro, entretanto, é posta em dúvida pelo ex-subdiretor do Idema, Eugênio Cunha. Responsável pelo projeto do Centro, Cunha disse que quando deixou o cargo, o órgão dispunha de verba suficiente não só para finalizar a construção do Ecocentro, mas também para construir o Núcleo de Interpretação Ambiental (NIA), outra de suas idealizações.
“Quando me afastei do cargo no Idema havia recurso em caixa para concluir o Ecocentro e para iniciar as obras do NIA. Ambas as verbas foram fruto de convênios com a Petrobrás e, somente para a implantação deste último equipamento, nós tínhamos quase R$ 4 milhões garantidos”.
Eugêncio arriscou ainda uma hipótese acerca da atual escassez de recursos. Segundo ele, a falta de verba pode estar ligada à majoração dos preços de material de construção nos últimos anos. “Quando se demora para concluir determinadas etapas, é possível que o preço dos itens sofram aumento e o orçamento passe a ser maior do que o calculado inicialmente. Talvez essa seja a motivação da falta de dinheiro”, supôs.
Em sua avaliação, o atraso que envolve construção do Ecocentro pode ser justificado pelo fato das ações do Idema não serem prestigiadas pelo governo como, observa, acontecia antigamente.
Segundo informações do órgão estadual de Meio Ambiente, o convênio está passando por análise na assessoria jurídica da Petrobras. “Assim que liberado o recurso, dou no máximo quatro meses para a conclusão e entrega do local. O que está faltando é o acabamento, como a montagem de condicionadores de ar e a parte de urbanização”, esclareceu Fabrício.
Quanto às constatações da reportagem da TRIBUNA DO NORTE sobre a insegurança e presença de larvas do mosquito da dengue no local, Fabrício jogou a culpa na empresa responsável pela construção. “Até a entrega, quem deve ficar atento quanto a isso é a construtora”.
Contudo, o Idema afirmou já estar providenciando segurança para o local. “Fizemos o requerimento hoje [ontem] para que haja um policiamento 24 horas e possamos acabar com o problema”, disse o assessor do órgão.
A quantidade de recursos estipulada para o término do centro atinge o valor de R$ 3 milhões, assim como informa o site do Governo do Estado.
O engenheiro responsável pela obra, Marcus Antônio Aguiar Filho, da Certa Construtora, ratificou a justificativa do Idema. “Paramos porque os recursos se esgotaram. Estamos aguardando uma nova locação para terminar o que devemos fazer”.
Autor de projeto questiona falta de recursos
A justificativa que atribui a falta de recursos à não conclusão do Econcentro, entretanto, é posta em dúvida pelo ex-subdiretor do Idema, Eugênio Cunha. Responsável pelo projeto do Centro, Cunha disse que quando deixou o cargo, o órgão dispunha de verba suficiente não só para finalizar a construção do Ecocentro, mas também para construir o Núcleo de Interpretação Ambiental (NIA), outra de suas idealizações.
“Quando me afastei do cargo no Idema havia recurso em caixa para concluir o Ecocentro e para iniciar as obras do NIA. Ambas as verbas foram fruto de convênios com a Petrobrás e, somente para a implantação deste último equipamento, nós tínhamos quase R$ 4 milhões garantidos”.
Eugêncio arriscou ainda uma hipótese acerca da atual escassez de recursos. Segundo ele, a falta de verba pode estar ligada à majoração dos preços de material de construção nos últimos anos. “Quando se demora para concluir determinadas etapas, é possível que o preço dos itens sofram aumento e o orçamento passe a ser maior do que o calculado inicialmente. Talvez essa seja a motivação da falta de dinheiro”, supôs.
Em sua avaliação, o atraso que envolve construção do Ecocentro pode ser justificado pelo fato das ações do Idema não serem prestigiadas pelo governo como, observa, acontecia antigamente.
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