Descaso // Praça Gentil Ferreira abandonada

Olhar para o tradicional relógio situado na esquina das ruas Amaro Barreto e Presidente Bandeira, no bairro do Alecrim, pode confundir muita gente. Nos quatro lados que marcam a hora, nenhum funciona de maneira adequada. Mas esse é apenas um dos reflexos do descaso e abandono sofrido pela Praça Gentil Ferreira, uma das mais tradicionais da cidade e marca registrada do bairro centenário, que conta com lixo acumulado em alguns pontos, assaltos constantes quase que diariamente, além da prostituição e da sensação de insegurança vivida por comerciantes e trabalhadores.

Em cada banco da praça é possível encontrar uma realidade diferente. Desde a presença maciça de ambulantes por todos os lados vendendo artigos pirateados e alimentos, os tradicionais engraxates, até moradores de ruas que dormem no local.

A praça é cercada pelo comércio e com o grande fluxo de pessoas durante todo o dia e a sujeira parece ser inevitável. Em alguns pontos da praça, o lixo se acumula. Até fezes são vistas em alguns áreas. Pela falta demanutenção, a praça não dispõe de acessibilidade para portadores de necessidades especiais, como cadeirantes e deficientes visuais.

Na Gentil Ferreira dois prédios estão instalados, um posto da Guarda Municipal, que existe desde 2006, e um quiosque o qual foi fechado pela prefeitura e está atualmente sem utilização. De acordo com o agente da Guarda Municipal, Roque Alves, os problemas da praça são constantes e diários. "Aqui tem prostituição, vandalismo, assaltos, principalmente nos finais de mês e próximo a datas festivas", ressalta o guarda que se sente muitas vezes impotente para combater os delitos, mas garante que a convivência com prostitutas e moradores de rua é pacífica. "Nosso grande problema é a falta de armamento aliado ao efetivo reduzido. Não temos como intevir em todos os delitos", desabafa.